• A iniciativa é um marco sem precedentes para o aumento da transparência sobre cadeias de valor de grãos e a conexão de produtos comprovadamente sustentáveis com mercados onde a demanda por eles está crescendo.
• As companhias também vão colaborar em projetos de agricultura regenerativa com o objetivo de reduzir as emissões na cadeia de suprimentos.
São Paulo – Setembro 2025 – A Bunge (NYSE: BG) e a Bangkok Produce Merchandising Public Company Limited, subsidiária da Charoen Pokphand Group (CP Group) acabam de assinar um memorando de entendimento para uma parceria estratégica, que marca avanço sem precedentes na transparência das cadeias de commodities agrícolas. Após testarem com sucesso uma plataforma blockchain para rastreabilidade de soja sustentável, as empresas adotarão a inovação em todos os volumes de soja e farelo de soja originados pela Bunge no Brasil e fornecidos à Bangkok Produce Merchandising (BKP) e à Charoen Pokphand Foods (CPF) para a produção de alimentos e ração animal na Tailândia e outros países do sudeste asiático.
As empresas também estão comprometidas a continuar desenvolvendo soluções inovadoras para integração profunda de sistemas voltados a ampliar a visibilidade e a transparência das cadeias de commodities agrícolas sustentáveis, além de colaborarem em projetos de baixo carbono e amplo impacto em toda a cadeia de suprimentos, considerando a meta da CP Group de ser net zero até 2050 e a ampla experiência da Bunge na condução de iniciativas relacionadas à agricultura regenerativa.
Desde 2023, a Bunge e a CP vêm se debruçando em estudos de viabilidade técnica, operacional e comercial para cadeias de suprimentos sustentáveis e digitalmente integradas. No ano passado, a parceria possibilitou validar a tecnologia blockchain para rastreabilidade em um piloto envolvendo embarque de cerca de 375 mil toneladas de farelo de soja. Com o acordo atual, a solução passará a ser adotada em larga escala.
Ambas as empresas esperam que os dados combinados relacionados a essa operação sejam transacionados por meio do blockchain, o que garante rastreabilidade digital completa do grão, desde a origem na fazenda, passando pelo processamento e transporte, até o destino final. A imutabilidade dos dados assegurada pela tecnologia blockchain acrescenta uma camada adicional de confiabilidade, ampliando a transparência em toda a cadeia de suprimentos
“Com a plataforma blockchain, estamos criando uma conexão direta e verificável entre a nossa produção de alimentos e os clientes finais, fornecendo informações abrangentes sobre as nossas redes de fornecimento responsáveis e garantindo que cada elo da cadeia contribua para um futuro mais transparente e confiável. O sucesso do piloto nos possibilitou ampliar nosso compromisso comercial com a CP, desenvolvendo outras frentes de negócios, como a Agricultura Regenerativa”, afirma o Co-Chief Operating Officer da Bunge, Julio Garros”.
Para Thiti Lujintanon, CEO da Bangkok Produce Merchandising, “a parceria com líderes globais do agronegócio, como a Bunge, fortalecerá a cadeia de suprimentos da CP e garantirá que o grupo se mantenha competitivo no mercado global. A ampliação da colaboração incluirá acesso a soluções avançadas em logística, plataformas digitais e modelos de fornecimento sustentável que aumentam a eficiência, reduzem custos e abrem novos mercados para ambas as partes. Buscamos um crescimento de longo prazo que possa gerar valor consistente para nossos clientes em todo o mundo.”
A expansão da parceria entre as empresas em 2025 também contemplará um acordo comercial abrangente, desde as etapas iniciais das operações, como a aquisição de matérias-primas agrícolas estratégicas, o desenvolvimento conjunto de processos de compras mais eficientes e melhorias no transporte, até as etapas finais do processo nas fábricas de ração animal da CP na região.
“A originação de produtos no âmbito da parceria seguirá os protocolos de verificação socioambiental para fornecedores tanto da Bunge quanto da CP Group. As duas empresas estão comprometidas com cadeias de suprimentos livres de desmatamento em 2025. A plataforma também dá acesso a informações socioambientais das fazendas de origem, incluindo documentação de soja certificada por padrões como a Round Table on Responsible Soy (RTRS), quando aplicável. Esse esforço faz parte do compromisso do Charoen Pokphand Group em alcançar uma cadeia de suprimentos neutra em carbono até 2050”, acrescenta Lujintanon.
“Acreditamos no poder da colaboração para criar padrões avançados de sustentabilidade e a parceria com a CP é um exemplo de como podemos escalar a solução e fornecer maior transparência e dados abrangentes para cadeias alinhadas com o mesmo propósito que o nosso”, destaca Pamela Moreira, diretora de Sustentabilidade da Bunge para América do Sul.
A plataforma blockchain foi desenvolvida pela Bunge em parceria com a Justoken, uma empresa do portfólio da Bunge Ventures especializada em infraestrutura blockchain.
A Bunge foi a primeira exportadora global de commodities a alcançar rastreabilidade e monitoramento para 100% de suas compras diretas e indiretas de soja em áreas prioritárias no Cerrado Brasileiro. A empresa utiliza tecnologia de satélite de última geração para monitorar áreas onde o risco de desmatamento é maior. Atualmente, o sistema cobre 46 mil fazendas e 36 milhões de hectares na América do Sul.